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Atenciosamente Mariela Oppitz Sorgetz.
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Então CompartilheNa fase avançada da Doença de Alzheimer a inaptidão física associada a incapacidade mental, faz do paciente uma pessoa absolutamente dependente.
Estabelecemos algumas práticas com os cuidados com a minha mãe que nos dão um conforto “moral“ de estarmos tomando as atitudes certas e fazendo as coisas do nosso jeito, ou do melhor jeito que imaginamos.
Todos os movimentos, ações e decisões que precisam ser realizadas com e para ela são comunicados como se ela entendesse tudo. Se vai ser a hora do banho, se é a hora de se deitar, se é a hora de se alimentar, se vamos a um consultório médico, se precisamos de internação hospitalar (como já aconteceu), se vamos fazer exames, tudo é explicado. Não é um diálogo, é um monólogo, mas ainda assim prefiro acreditar nessa forma de entendimento.
Alguns profissionais da área médica a atendem semanalmente e fazem muita diferença na qualidade de vida dela. Percebo o preparo desses profissionais com as pessoas idosas, adotando com elas o mesmo comportamento que adotamos: uma comunicação assertiva e firme explicando o passo a passo dos movimentos e a necessidade de mantê-la ativa na sua já notada fragilidade.
Me refiro aos profissionais de fisioterapia, de fonoaudiologia, a nutricionista que elabora o cardápio e da cuidadora Mara, que é a responsável pela organização dessa agenda e que acompanha diariamente os cuidados com a minha mãe.
Estamos muito bem assessorados nesse momento tão delicado. E se há algo que te fortalece nessa tão vulnerável fase, onde a doença avança e o tempo parece depor para o pior, é o acompanhamento desses profissionais que são incansáveis para dar a dona Anninha um pouco mais de qualidade de vida.
A restrição dos movimentos é amenizada pelas sessões de fisioterapia feitas duas vezes por semana, movimentando pernas, braços, forçando a respiração, praticando o entrar e sair de ar dos pulmões.
A fonoaudiologia a assessora com aparelhos modernos que estimulam as papilas gustativas para que ela “não esqueça” o movimento de mastigação e deglutição dos alimentos.
A nutrição dos alimentos é tratada pela nutricionista, que se preocupa em calcular adequadamente o que ela precisa comer e beber para que tenhamos tranquilidade de que ela está alimentada.
É, sem dúvida nenhuma, uma equipe incumbida de uma missão extremamente relevante: dar um pouco mais de vitalidade e qualidade de vida para um ser humano frágil, indefeso e vulnerável.
Toda evolução, mesmo que sutil, é comemorada, um breve avanço, um dia que vencemos e que a doença ainda não nos derrotou.
Diante dessa reflexão, aproveito para fazer um agradecimento muito especial ao Marlon Metz (fisioterapeuta), a Naiara Gross (fonoaudióloga), a Heladie Lírio (nutricionista) que cuidam da dona Anninha, e a todos os profissionais, cuidadores, técnicos de enfermagem e voluntários que trabalham por dias melhores para pacientes com DA.
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